segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Paraguai

O Produto Interno Bruto cresceu 4% no ano de 2014. Comparado com o desempenho brasileiro, o número é invejável. Esse resultado foi impulsionado pelo setor agrícola e por investimentos em infraestrutura. Os dados da economia Paraguaia impressionam.
Superavit em conta corrente de 1,1% do PIB, desemprego de 5,4%, taxa de cambio relativamente estável (com tendência leve à apreciação), e taxa de juros para empréstimos em torno de 20% nos fazem pensar que este é um pequeno gigante.
A combinação de uma baixa carga tributária, custos de energia baixos e legislação trabalhista flexível explicam o crescimento da atividade industrial no país na forma de maquilas.
Maquila é o nome que damos às empresas que importam peças e componentes de suas matrizes estrangeiras para montar produtos em suas filiais em países que oferecem vantagens produtivas com a finalidade de exportar. No caso do Paraguai, dez por cento da produção das maquilas pode se destinar ao mercado doméstico após um ano de funcionamento.
Atraídos pelos diferenciais competitivos ofertados pelo Paraguai, empresários brasileiros reorientam sua atividade produtiva para este novo espaço geográfico, gerando emprego, renda e receita tributária no país parceiro. Para que de fato este seja um espaço produtivo competitivo é necessária a realização de investimentos em infraestrutura.

ESTRUTURA ECONÔMICA

O setor agrícola é responsável por 25% do Produto Interno Bruto e quase a totalidade das exportações do país (veja o vídeo postado recentemente). O Paraguai é o quarto maior exportador mundial de soja e oitavo maior exportador de carne, a despeito de seu tamanho. Diferente de outros países, que possuem um setor agrícola cuja produção é altamente capital intensiva, o setor emprega 29,0% da força de trabalho.
As maquilas ou zonas de processamento de exportação (ZPE) atraem empresas brasileiras e investidores que buscam atender o vasto mercado consumidor brasileiro. A atividade industrial emprega 11% da mão de obra local.
Apesar dos números impressionantes, a informalidade permanece grande no Paraguai, justificando a fama entre brasileiros. A criação de um imposto pessoal, o IVA, em etapas, criará condições para o combate à economia informal. O imposto está sendo implantado de forma progressiva. A cada ano, dez por cento da população, dos mais ricos aos mais pobres, passará a declarar e pagar impostos. Uma enorme relação de gastos pode ser abatida do pagamento dos impostos. A finalidade, portanto, não é a arrecadação, mas a informação.
O boom das commodities permitiu a redução da dívida pública e o aumento das reservas.

AMEAÇAS

A pobreza imensa ( quase um quarto da população), a concentração da renda, a corrupção e a instabilidade política estão entre as principais ameaças ao crescimento e desenvolvimento da economia paraguaia.
Outro problema se relaciona à capacitação da força de trabalho. Quase dois terços da força de trabalho possui apenas o ensino fundamental.

 

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